Picasso O Mediterrânico
Serena Ucelli comenta a devolução da obra de Arte Guernica de Pablo Picasso para a familia Rockefeller
Os Rockefellers, donos da obra Guernica, uma das obras de Pablo Picasso mais conhecida, a emprestaram a ONU em 1984,

Agora o filho de Nelson Rockefeller, Nelson Rockefeller jr, retirou a tapeçaria após 37 anos, sem dar explicações
Existem muitas versões de Guernica (em óleo, papelão, tapeçaria) espalhadas pelo mundo em museus e coleções particulares.
Mas em um lugar tão simbólico como na sala do Conselho de Segurança da ONU, a icônica tapeçaria de propriedade dos Rockefellers se tornou ainda mais um símbolo de Paz.

Pablo Picasso na realidade se chamava Pablo Ruiz
Pablo Ruiz era filho de um pintor, um desenhista, um burguês de Málaga, na Espanha
Pablo decidiu mudar seu sobrenome com o nome da mãe, Maria Picasso.
Ele gostava do som das duplas esse, Picasso um sobrenome italiano, Genovês.
O avô dele também era genovês.
Pablo gostava da magia e das cores do Mediterrâneo e logo foi morar nos arredores de Nice , Nizza na Cote d’azur.
Na metade do caminho, entre os Ruiz paternos e os Picasso maternos
Foi no periodo Azul, em 1901 que Picasso começou a assinar seus trabalhos simplesmente como Picasso, com aquela gráfica mordaz
Anteriormente assinava “Pablo Ruiz y Picasso”.

Picasso pintou Guernica em 1917, após o General Franco e os aliados nazistas bombardearam e destruiram o pequeno vilarejo de Guernica com mais de 30 toneladas de bombas, .

A única pessoa que entendeu perfeitamente a importância da obra de Guernica foi Otto Abetz, professor de desenho e posteriormente diplomata alemão, embaixador da Alemanha nazista na França de Vichy durante a Segunda Guerra Mundial
O diplomata foi visitar Picasso no seu atelier na França aonde estava uma grande reprodução da Guernica. Quando a viu Otto Abetz disse: Ah! Então Foi vc que fez isso ! Picasso respondeu prontamente: Não! Foram vcs que fizeram isso !!

O artista brasileiro Cícero Dias conheceu Picasso em Paris e conseguiu convencê-lo a emprestar a Guernica Durante a 2ª Bienal de São Paulo em 1953, uma Bienal que acabava de nascer por vontade do fundador Ciccillo Matarazzo
A Guernica estava sob a guarda do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) desde a Segunda Guerra Mundial, a pedido do próprio Picasso, que não autorizou sua volta à Espanha até que este fosse um país democrático. A obra só retornou em 1981.
Guernica partiu de Nova York de avião até Milão e de lá veio de navio do porto de Genova até o porto de Santos, para compor, em grande estilo, a sala especial de Picasso.
Concebida e criada em apenas 33 dias a famosa pintura a óleo de Picasso está agora em exibição permanente no Museo Reina Sofia em Madrid.
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