Saiba quem foi Joseph Beuys,
o Pioneiro da Arte Contemporanea mostrando os limites da Arte
100 anos de Joseph Beuys
Serena Ucelli conta a historia de Joseph Beuys, o pioneiro da Arte contemporanea
Beuys, o artista “Shaman” que revolucionou a arte do século xx.

Um verdadeiro animal político, Beuys começou a chamar a atenção no início dos anos 60.
Dez anos mais tarde, nos anos 70, estava na vanguarda do movimento ambientalista que criou o Partido Verde Alemão – que acabou inclusive por expulsá-lo logo depois de sua fundação.
Talvez foi um dos primeiros a entender a arte como um compromisso do ser humano com a natureza, a ecologia, a paz, um compromisso social e espiritual
O projeto dos 7000 Carvalhos
Na Documenta de Kassel, na Alemanha, uma das mais importantes exposições de arte contemporânea do mundo, em 1982 Beuys realizou o maior dos seus projetos.

Em frente ao Museu Fridericianum, Joseph Beuys acumulou 7.000 pedras basálticas, o basalto é uma pedra de origem vulcânica que Beuys associa a antiga energia da terra. As pedras foram amontoadas no gramado em frente ao museu super tradicional.
Era uma obra de arte.
Cada pedra estava ligada ao destino de uma pequena arvore de carvalho: a ideia era que quem tivesse adotado uma dessas pedras teria financiado o plantio de uma árvore na cidade de Kassel
Foi um processo muito longo, que foi concluído somente após a morte do artista.
De fato 4 anos mais tarde, 7.000 novas árvores foram plantadas na área de Kassel e as pedras foram removidas da praça em frente ao museu.
O Professor
Beuys foi um professor muito importante para toda uma geração de artistas. Ele colocou a arte na cena pública, tornou a arte midiática.
Foi ele que disse que “todo mundo é um artista”, mas ninguém entendeu nada !
Joseph Beuys queria despertar nas pessoas uma “resposta espiritual”, ele foi um xamanista moderno, ele queria dizer que o ser humano é um ser criativo, com potencial de autocura e transformação social.
O Coyote
Em 1974 realizou uma de suas mais famosas performances, praticamente um ritual.
“I Like América and América Likes Me”,

Ele chegou no aeroporto de Nova York enrolado em um feltro e, a bordo de uma ambulância, foi transportado na galeria rené block.
Durante três dias ficou fechado com um coyote na pequena galeria.
(coitado do coyote, )
O coyote para os índios Americanos é um animal sagrado
Se ele conseguisse se tornar amigo do animal selvagem nesse período, era sinal de que ele gostava da américa e a américa gostava dele.
De fato, a vida de Beuys é cheia de lendas, ele contou que durante a segunda guerra mundial foi um piloto da força aérea Alemã. Parece que ele se alistou voluntário
Durante uma operação militar na rússia, seu avião foi abatido e ele ferido foi salvo por um grupo de nômades tártaros que o curaram com antigas práticas usando gordura animal e peles de feltro.

Esses elementos se tornarão um fio condutor de sua arte, segundo ele capazes de revolucionar a sociedade.
Ele imaginava uma sociedade global universal
Beuys realizou pinturas, esculturas, happenings, performances, vídeos e instalações.
“Como explicar imagens a uma lebre morta”

Em 1965, O rosto salpicado de mel e folha de ouro, e em uma galeria vazia, o público só podia observar o que está acontecendo do lado de fora e ele lá dentro explicando a pintura para uma lebre morta!
A gordura, o feltro que salvaram a vida dele são como talismãs.
Obra de Arte

E a na obra sedia de 1964: aqui o assento, coberto de gordura alude à vida humana que depois é curada, revolucionada e libertada graças ao poder salvador da gordura.
Junto com Marcel Duchamp, John Cage e

Andy Warhol, por ter mudado fundamentalmente a linguagem e os limites da arte, Beuys é considerado um dos artistas mais importantes do século xx.
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